SONETO Nº1: A PERDA
Do tudo ao nada em apenas
segundos
O eterno desaba sobre uma vida.
De praxe, sentimentos oriundos
Enchem o abstrato da alma caída
Da boca jorra o sangue da
tragédia,
Das mãos, o pudor da separação.
E, transformando nossa alma em
comédia,
Caímos no beco da decepção.
O coração já não quer mais bater,
A perna não para de tremular
E até o pranto não quer se conter.
Da vida, parece tudo parar.
A alegria, sem dar sinal, vai
embora
E para voltar parece não ter
hora.
SONETO Nº2: O CAMINHO
A vida não se faz só de derrotas,
Nossa sina é querer sempre lutar
E se a perda e o fracasso ao
corpo importas
É preciso dele a dor retirar.
O caminho é longo e indeterminado
Sem um início, trajeto ou final
E se tomares o destino errado
Cometerás um erro crucial.
É preciso domar cavalos chucros,
Pisar em brasas ou espinhos
fatais
E pisotear teus próprios sepulcros.
E não tombando em horas cruciais
Verás no fim do túnel uma luz
Que para a alegria te conduz.
SONETO Nº3: A RECUPERAÇÃO
Aos poucos da terra brota
alegria.
As tristezas não passam de
pegadas
Deixadas para trás com maestria
Em uma luta solo, sem paradas.
E libertos de todas as prisões
Poderemos, enfim, saudar a vida.
Afagando todos os corações
Libertamos a alegria contida.
E um novo caminho nos surgirá
No qual não podemos vacilar
Pois a experiência nos guiará.
Mas se ainda assim a dor apertar
Esqueça tudo e se entregue ao
prazer
Pois para amar é preciso viver.
Três sonetos ao amor perdido é parte integrante da obra "Amores e Dissabores - Uma Antologia Poética" que pode ser adquirida no sistema "pague o quanto quiser" em http://diariodocontista.blogspot.com.br/p/publicacoes.html
Copyright © 2015. Rodrigo Chedid Nogared Rossi
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