Três Sonetos ao Amor Perdido

SONETO Nº1: A PERDA

Do tudo ao nada em apenas segundos
O eterno desaba sobre uma vida.
De praxe, sentimentos oriundos
Enchem o abstrato da alma caída

Da boca jorra o sangue da tragédia,
Das mãos, o pudor da separação.
E, transformando nossa alma em comédia,
Caímos no beco da decepção.

O coração já não quer mais bater,
A perna não para de tremular
E até o pranto não quer se conter.

Da vida, parece tudo parar.
A alegria, sem dar sinal, vai embora
E para voltar parece não ter hora.


SONETO Nº2: O CAMINHO

A vida não se faz só de derrotas,
Nossa sina é querer sempre lutar
E se a perda e o fracasso ao corpo importas
É preciso dele a dor retirar.

O caminho é longo e indeterminado
Sem um início, trajeto ou final
E se tomares o destino errado
Cometerás um erro crucial.

É preciso domar cavalos chucros,
Pisar em brasas ou espinhos fatais
E pisotear teus próprios sepulcros.

E não tombando em horas cruciais
Verás no fim do túnel uma luz
Que para a alegria te conduz.


SONETO Nº3: A RECUPERAÇÃO

Aos poucos da terra brota alegria.
As tristezas não passam de pegadas
Deixadas para trás com maestria
Em uma luta solo, sem paradas.

E libertos de todas as prisões
Poderemos, enfim, saudar a vida.
Afagando todos os corações
Libertamos a alegria contida.

E um novo caminho nos surgirá
No qual não podemos vacilar
Pois a experiência nos guiará.

Mas se ainda assim a dor apertar
Esqueça tudo e se entregue ao prazer
Pois para amar é preciso viver.







Três sonetos ao amor perdido é parte integrante da obra "Amores e Dissabores - Uma Antologia Poética" que pode ser adquirida no sistema "pague o quanto quiser" em http://diariodocontista.blogspot.com.br/p/publicacoes.html

Copyright © 2015. Rodrigo Chedid Nogared Rossi
Todos os direitos reservados ao autor

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