Morte marrom

Lamacenta crueldade de poder,
Lamacentos sofrimentos servis.

A morte marrom aterroriza,
Espalha seu ímpeto e crueldade.
E abafada, calada à força,
Destrói a tudo e todos
Sem que seu cerne seja atingido.

O doce amargou,
Para onde vão suas vidas?
Para onde irão suas crianças?

Suas lágrimas de mercúrio são secadas,
Sua voz de aço é calada,
Seu coração de ferro é empedrado.

Ó morte que se alastra impunemente
À sombra dos que se escondem
Endividados com o ceifador,
Não estás oculta dos olhos inocentes,
Não serás protegida por seus defensores indecentes.

A praga que a oculta é menor que o bem que a observa
E os que a usam para tolher vidas e calar almas
Serão um dia, de certo, destronados,
Desapoderados  por quem o poder detém,
Reféns de sua própria existência.



Copyright © 2015. Rodrigo Chedid Nogared Rossi
Todos os direitos reservados ao autor

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