Desalento

Ei, você!
Por que foges de mim?
Por que me olhas desse jeito?

Sim, sim...
Estou errado,
Seu ódio se justifica.

Ei, espere!
Não fujas de mim, não me abandones,
Não nessa hora, quando mais preciso de sua ajuda.
Sei que ainda posso me redimir.

Tudo bem,
Sua desconfiança se justifica
Pois já menti por demais.

Vá, me condene,
Se é que já não o fiz.
De mim nada mais resta,
Mas de você ainda resta a esperança;

Bom...
Já que é assim, tudo bem,
Aceito meu fim.
Afinal, não foi só a mim que destruí.

Desse-me sabedoria para tudo poder criar
E usei-a para tudo destruir.

Destruí a você e a tudo que lhe pertencia,
Mas saiba que um coração ainda pulsa em meu peito
E que ainda correm sentimentos em minha alma.

É, mas você está certa,
É tarde demais, agora não é mais possível recomeçar.
Então acabemos logo com isso,
Não quero mais sofrer.

Afinal sou apenas o Homem,
Ó mãe natureza.


"Desalento" é parte integrante da obra "Amores e Dissabores - Uma Antologia Poética" que pode ser adquirida no sistema "pague o quanto quiser" em http://diariodocontista.blogspot.com.br/p/publicacoes.html



Copyright © 2015. Rodrigo Chedid Nogared Rossi
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